segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Férias.

Depois de um árduo ano de trabalho chegou a hora das férias. Sonhadas, porém curtas. Mas desta vez não vou planejar porcaria nenhuma, pois se tem algo estressante é programar inúmeras atividades para as férias só para, no final delas, dar-se por conta de que passaram rápido demais e não deu para fazer metade do que esperava fazer. Frustração na certa.

Noutras oportunidades, quando chegava a hora das férias lá ia eu imaginando fazer um monte de coisas: pintar, ler, fazer visitas, ver o mar, passear, descansar, tomar banho de protetor solar e rolar na areia com a minha amada mulher; ir àqueles shows em pequenos locais as duas da manhã de segunda-feira etc. e tal; enfim, fazer coisas do tipo ir dormir quando o mundo acorda para ir trabalhar, só pra variar. É, ou não, bacana isso ? Mas a m. é que nas férias os dias passam sempre rápido demais.
E essa é uma equação danada, que não se mede mas se sente: coisa do tipo daquela sensação de que o tempo passa mais rápido quando acompanhado pelo prazer; mas quando a dor é parceira ele teima em passar lentamente. Dizendo de outra forma: uma hora numa cadeira do dentista parece ter muito, mas muito mais do que sessenta minutos; mas uma hora de atividades prazerosas passam num piscar de olhos. Isto considerando que você não seja masoquista, obviamente. Isso nada mais é do que a Teoria da Relatividade formulada na mesa daquele barzinho bacana após as três da manhã. Mas é vero.

Tudo isso para dizer que, em sendo as férias o período mais esperado do ano - justamente porque para qualquer pessoa sadia trabalhar compulsóriamente e em atividades não muito edificantes, ou tão somente por necessidade - o que se pretende com elas é obter o prazer negado ao longo do ano. Mas como disse antes, o tempo é um canalha chato que detesta o prazer e, por isso as férias sempre passam com uma velocidade maior do que qualquer período equivalente ao longo do ano. Então de nada adianta programar muita coisa pois este é um caminho; um atalho à frustração, e sendo ela filha de objetivos não alcançados, o mais fácil é não traçar metas, assim a driblamos. Então, desfrutemos a possibilidade, mesmo que ilusória, de controlarmos o tempo; o nosso tempo. Vou fazer de conta que o tenho sob meu domínio, mesmo que essa maldita Teoria da Relatividade esteja aí só para atrapalhar. Mas prometo tentar.
Volto em qualquer edição extraordinária.

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