sexta-feira, 10 de julho de 2009

Até tu Beethoven.

O glorioso presidente do Senado aprontou mais uma. Supostamente, é claro. Aliás, já vou começar abrindo um parênteses. Supostamente é a palavra mais usada ultimamente no jornalismo. Virou uma espécie de vacina contra processos. Então é supostamente prá lá, supostamente prá cá e tá todo mundo imunizado. Não, não sou jornalista, mas segundo o Gilmar Mendes - aquele que supostamente hehehe tem uns jaguncinhos lá pelas bandas do Mato Grosso - poderia ser. Então vou supor também pois não sou tão bobo quanto pareço.

Voltando à vaca fria e louca...supostamente uma (ou mais) empresa(s)-gasparzinho de Sarney teria desviado meio milhãozinho utilizando a Lei Rouanet de Incentivo à Cultura. Mas como, que papo é esse de empresa-fantasma ? Brasileiro não tem memória mesmo. Esqueceram que a Academia Brasileira de Letras imortalizou o nosso marimbondo de fogo ? Imortal não vira fantasma, pô. E era um projetinho de curtura. Tão pegando pesado demais com o sarneizinho. Sarney, queridão, aceita um conselho: dá um tempo nessa chateação de Senado. Pega um pijaminha e um chinelinho confortável e vai passar uns dias na casa da Roseana. Lá ninguém vai te encher o saco. Pega o controle-remoto, senta na cadeirinha do papai e vai assistir os teus canais de televisão - sim, o cara é coisa fina, tem seus próprios canais de televisão. Mas antes manda os caras tirarem o jornalismo do ar e põe o desenho do pica-pau no lugar. Ninguém vai notar, além do que, como homem que se preocupa com a cultura, certamente o resto da programação deve ser bem edificante. Te abanca e, qualquer coisa que precisar é só chamar o mordominho da filha. Não, não te preocupa em chatear o Jarbas. Ele recebe um bom salário prá isso. Se tem coisa que a família Sarney se preocupa é em remunerar bem seus funcionários. Muito justo.

Aqui pelos pampas caiu mais um Secretário da Transparência. Motivo: trabalho com resultado invisível. Que coisa. Como se vê, o problema é o que não é visto. Sempre lembrando que a crise no Senado da relespública começou com aqueles atos-secretos, isto é, aquilo que ninguém via. No fundo, no fundo acho que nossos políticos se preocupam em não aborrecer o povo. É sério. E nós sempre reclamando...Eta povinho ingrato. Por isso hoje deixei o noticiário jornalístico prá lá. Esses caras vivem envenenando o povo e depois a gente fica reclamando dos políticos. Chega de baixo astral. E hoje é sexta-feira. Então sintonizei a FM Cultura e fui pro trabalho escutando uma musiquinha clássica prá espairecer e começar o dia em alto-astral. Como se sabe, música clássica é tão longa quanto o nome que a identifica. Mas a música era uma maravilha, uma obra prima de Beethoven. Não, não me pergunte o nome da peça que tocou. Só lembro do movimento. Mas o nome completo era mais ou menos assim: sinfonia não sei o quê, Opus número tal, em ré menor patati patatá, movimento... movimento...alegro mas nem tanto. Isso mesmo. Alegro mas nem tanto... Como dizia o príncipe FH: "assim não dá; assim não pode ser".

Até tu Beethoven, até tu Beethoven...

Nenhum comentário:

Postar um comentário